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CDL Chapecó: descomplicando o dinheiro para empresários

“Por natureza, somos otimistas e esperamos um futuro sempre positivo. No entanto, é crucial compreender que esse futuro não se concretizará sem um planejamento cuidadoso e disciplinar”, explicou Tatiana Paris na palestra “Educação Financeira para MEI”. Promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Chapecó (CDL), a iniciativa aconteceu na última semana, na sede da entidade.

Segundo o Mapa das Empresas de 2023, a categoria Microempreendedor Individual (MEI) na economia do Brasil representa mais de 20 milhões de empresas ativas. Assim, existe a urgência com a saúde financeira do negócio, principalmente de separar a Pessoa Física da Pessoa Jurídica.

Tatiana pontuou que é necessário conhecer o valor mínimo para sustentar o nível de consumo da família, para assim estabelecer um pró-labore. “Essa quantia não deve ser excessivamente elevada a ponto de prejudicar a saúde financeira da empresa, como também, não pode ser baixa a ponto de obrigá-los a retirar dinheiro do caixa durante o mês”, destacou.

“É importante planejar, olhar para o futuro, por exemplo, prever custos e ações para no mínimo os próximos três meses. Isso faz com que o dono do negócio tenha clareza de onde está e para onde quer ir,” enfatizou a palestrante sobre a relevância de ferramentas que facilitem a gestão do negócio. Temáticas como atender a necessidade do cliente, inovar, gerar experiências positivas e ter presença em mídias digitais também foram abordadas.

Produtos financeiros de cooperativas de crédito podem ser aliados para a gestão financeira. Os exemplos apresentados foram um consórcio para prever uma reforma futura ou compra de bens, a programação automática para facilitar a construção de uma reserva de emergência, o cartão de crédito para gerir as compras e ainda ganhar pontos com os programas de fidelidade do Sicredi e das bandeiras do cartão.

O presidente da CDL Chapecó, Edson Piana, frisou que planejamento cuidadoso e disciplinado é essencial para alcançar os objetivos como empreendedor. “Este espaço foi extremamente importante para os MEIs que buscam aprimorar a gestão financeira de seus negócios e encontrar estratégias de equilíbrio para sua empresa. A CDL Chapecó tem como prioridade a educação financeira, pois compreendemos que é fundamental para o sucesso de qualquer negócio.”

SOLUÇÕES

Ainda durante a palestra, o assessor PJ, Ewerton Antônio Gobet Andreolla, apresentou uma novidade do Sicredi: o Organizador PJ. Trata-se de uma ferramenta intuitiva que proporciona uma visão unificada de todas as contas bancárias em um único local, permitindo a centralização do fluxo de caixa, oferecendo dicas de educação financeira e fornecendo relatórios para analisar a saúde financeira do negócio. Essa ferramenta completa foi desenvolvida para facilitar a vida do empreendedor, que muitas vezes não dispõe de tempo para buscar eficiência na gestão do seu negócio.

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Inadimplência tem pequena queda e atinge 66,64 milhões de consumidores, aponta CNDL/SPC Brasil

Apesar da queda em fevereiro, inadimplência cresceu em comparação com o mesmo período de 2023. Indicador aponta que 40,60% da população adulta do país está inadimplente

O número de inadimplentes no país teve uma pequena queda em fevereiro de 2024, em comparação com janeiro de 2024, e atinge 66,64 milhões de brasileiros. O Indicador realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,60%) estavam negativados em fevereiro de 2024. Na comparação com o mesmo período de 2023, o indicador apresentou crescimento de 2,79%.

A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em fevereiro deste ano ficou abaixo da observada no mês anterior. Na passagem de janeiro para fevereiro de 2024, o número de devedores caiu ‐0,49%.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES

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“Apesar da pequena queda, o cenário de inadimplência no país continua preocupante. Temos uma grande parcela da população em dificuldade financeira, com a inflação acima do reajuste salarial, além disso, o ambiente macroeconômico não traz a confiança necessária para acreditar em uma redução consistente no número de inadimplentes no curto prazo”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR TEMPO DE ATRASO

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O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 1 a 3 anos (19,24%).

O número de devedores com participação mais expressiva em fevereiro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,66%). De acordo com a estimativa, são 16,47 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, quase metade (48,37%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,12% mulheres e 48,88% homens.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR FAIXA ETÁRIA E SEXO

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ESTIMATIVA DE INADIMPLENTES POR FAIXA ETÁRIA

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CADA NEGATIVADO DEVE, EM MÉDIA, R$ 4.399,90. MAIOR PARTE DAS DÍVIDAS SÃO COM BANCOS

Em fevereiro de 2024, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.399,90 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,11 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR VALOR TOTAL DAS DÍVIDAS

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Os dados ainda mostram que cerca de três em cada dez consumidores (30,36%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que chega a 44,39% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

Em fevereiro de 2024, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 6,32% em relação ao mesmo período de 2023. O dado observado em fevereiro deste ano ficou abaixo da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de janeiro para fevereiro, o número de dívidas apresentou recuo de ‐0,20%.

NÚMERO DE DÍVIDAS EM ATRASO

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Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 7,84%, seguido de Água e Luz (7,51%) e Comércio (3,25%). Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Comunicação (‐11,95%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

“Um ponto de atenção é o valor médio das dívidas atrasadas, que continua alto, muito acima da renda média da população. Mesmo com ações de incentivo para a negociação das dívidas, as famílias estão com grande dificuldade em separar uma parte da renda para o pagamento das contas atrasadas. Nesse sentido, as perspectivas de melhoria não são nada positivas.”, aponta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

NÚMERO DE DÍVIDAS EM ATRASO POR SETOR CREDOR

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Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 64,46% do total. Na sequência, aparece Comércio (11,26%), o setor de Água e Luz com 10,91% e Outros com 7,19% do total de dívidas.

Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Sudeste (7,40%), seguida pelo Nordeste (5,68%), Centro‐Oeste (5,31%), Sul (2,93%) e Norte (2,67%).

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Para todos os indicadores, considera-se que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Ou seja, mesmo que um devedor tenha quatro registros de um mesmo credor, assume-se que esse consumidor tem apenas uma dívida.

SOBRE O PORTA-VOZ

DANIEL SAKAMOTO: Mestre em Políticas Públicas e Governo pela Fundação Getulio Vargas, bacharel em Direito (IESB) e Relações Internacionais (Universidade Católica de Brasília) com especialização em Gerenciamento de Projetos (University of California) e certificação PMP®️ – Project Manager Professional. Atualmente exerce a função de Gerente Executivo na Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.

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Marina Barbosa
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Cerca de 107 milhões de pessoas devem realizar compras para a Páscoa em 2024, aponta CNDL/SPC Brasil

Número aponta uma queda nominal de 4 milhões de consumidores em relação à 2023. Média total de gastos com as compras será de R$ 237. 33% dos que pretendem comprar possuem contas em atraso

Apesar da expectativa do comércio, a Páscoa deste ano deve levar menos consumidores às compras em comparação com o ano passado. De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, 65% dos consumidores pretendem fazer compras para a Páscoa em 2024. Estima-se que cerca de 106,6 milhões de pessoas devem ir às compras para esta data. Uma queda nominal de 4,1 milhões quando comparado ao ano passado.

Entre os motivos apontados pelos consumidores que não pretendem comprar chocolates esse ano, 30% estão endividados e vão priorizar o pagamento de dívidas, 25% estão desempregados e 22% não gostam / não tem costume de comprar presentes e chocolates para Páscoa.

Os filhos (60%) serão os principais presenteados, em seguida, os cônjuges (41%), mãe (38%), sobrinhos (30%) e o próprio entrevistado (27%).

Os consumidores pretendem gastar, em média, um total de R$237 com as compras de Páscoa (ticket maior entre as classes A/B, R$295); adquirindo em média 5 produtos.

“Apesar da pequena queda no número de consumidores que pretendem fazer compras para a Páscoa, a data traz sempre grande expectativa para o setor de comércio e serviços. Além dos tradicionais ovos e chocolates, a data movimenta bares, restaurantes e o comércio em geral. Para atrair os clientes, vale a criatividade, opções mais baratas e kits promocionais”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Ovos e bombons industrializados serão os itens mais comprados na Páscoa. PIX lidera como forma de pagamento preferida

Os ovos de chocolate industrializados (53%) serão os principais itens procurados pelos consumidores, seguidos pelos bombons industrializados (48%), ovos de Páscoa caseiros/artesanais (41%), barras de chocolate industrializados (32%) e bombons e barras de chocolate caseiros/artesanais (31%).

Entre os que pretendem comprar ovos industrializados, 60% irão comprar itens direcionados para crianças e para adultos, 24% somente para adultos e 14% somente para crianças.

Entre os motivos apontados pelos que pretendem comprar barras de chocolate e/ou bombons, 66% se importam com a celebração e não a forma do chocolate e 25% por ser mais barato.

No caso dos chocolates caseiros/artesanais, 32% preferem por ser algo mais personalizado, 23% para ajudar as pessoas que vendem e 20% porque a qualidade do chocolate é melhor.

O pagamento à vista será o mais utilizado nas compras de Páscoa (77%), sendo principalmente por PIX (54%), cartão de débito (39%) e dinheiro (33%). Já o cartão de crédito parcelado será utilizado por 29% dos consumidores. De acordo com o levantamento 54% pretendem parcelar as compras, sendo a média de 4 parcelas.

Lojas físicas lideram na preferência das compras, principalmente nos supermercados

As lojas físicas se destacam na preferência dos consumidores tanto na hora de fazer pesquisa de preço, quanto no momento da compra. Oito em cada dez consumidores pretendem pesquisar preços presencialmente (83%), com destaque para os supermercados (62%). Enquanto 67% farão pesquisa em lojas online, principalmente em sites ou aplicativos na internet (46%) e em aplicativos de ofertas (33%).

Na hora de comprar, essa diferença é ainda maior, uma vez que 94% têm intenção de realizar as compras em lojas físicas, com destaque para os supermercados (54%), lojas especializadas em chocolates (48%) e lojas de grandes varejistas (41%). Já 14% pretendem fazer as compras pela internet, sendo que 80% pretendem comprar em sites, 67% em aplicativos e 42% pelo Instagram.

Mais da metade dos consumidores (54%) acham que os preços dos produtos estão mais caros este ano frente ao ano passado, 23% que estão na mesma faixa de preço e 13% que estão mais baratos.

39% farão compras na semana da Páscoa. Qualidade e preço são os principais fatores na hora da compra

De acordo com os entrevistados, os principais fatores que influenciam na escolha dos locais de compra são a qualidade dos produtos (45%), o preço (40%) e as promoções e os descontos (34%).

47% devem fazer as compras ao longo do mês de março. Mas o comércio deve se preparar para os atrasadinhos, uma vez que 39% pretendem realizar as compras na semana antes da Páscoa.

A maioria (55%) pretende comemorar a data em casa, enquanto 17% irão para a casa dos pais e 12% na casa de outros parentes.

33% dos que pretendem comprar chocolates e presentes possuem contas em atraso

A pesquisa aponta um dado preocupante em relação ao controle de gastos dos consumidores, uma vez que 33% dos que pretendem comprar chocolates e presentes possuem contas em atraso, sendo que 66% destes estão com o nome sujo.

Neste mesmo cenário, 24% dos que vão fazer compras na data este ano admitem que costumam gastar mais do que suas finanças permitem para presentear na Páscoa e 9% até deixarão de pagar alguma conta para comprar chocolates ou produtos neste ano.

“O crescimento da inadimplência no país é preocupante, vale lembrar que no ano passado 14% dos consumidores foram negativados devido as compras para a Páscoa. Diante deste cenário, é importante que os consumidores se atentem aos gastos para não extrapolar o orçamento. Dá para recorrer às lembrancinhas e opções mais baratas para a data não passar em branco”, alerta o presidente da CNDL.

METODOLOGIA

Público-alvo: Consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo analfabetos) e que pretendem realizar compras para a Páscoa deste ano.

Método de coleta: pesquisa realizada via web e pós-ponderada por sexo, idade, estado, renda e escolaridade.

Tamanho amostral da Pesquisa: 908 casos em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas com intenção de realizar compras para a Páscoa. Em seguida, continuaram a responder o questionário 602 casos que tinham a intenção de comprar na data, resultando, respectivamente, em uma margem de erro no geral de 3,25 p.p e 3,99 p.p, para um intervalo de confiança a 95%.

Data de coleta dos dados:  19 a 29 de fevereiro de 2024.

SOBRE O PORTA-VOZ

DANIEL SAKAMOTO: Mestre em Políticas Públicas e Governo pela Fundação Getulio Vargas, bacharel em Direito (IESB) e Relações Internacionais (Universidade Católica de Brasília) com especialização em Gerenciamento de Projetos (University of California) e certificação PMP®️ – Project Manager Professional. Atualmente exerce a função de Gerente Executivo na Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.

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