De acordo com a pesquisa, 34,45% dos empresários afirmaram terem feito em média duas demissões desde o dia 18 de março, quando passou a valer o primeiro decreto de isolamento social publicado pelo Governo do Estado. A última medição, divulgada pelo Sebrae/SC no começo do mês de abril, apontava que 19,48% dos entrevistados haviam demitido. Com isso, o número de pessoas que perderam o emprego em Santa Catarina chega a 406 mil. “Essa edição mostra um aumento significativo no número de empresários que precisaram demitir. Apesar das medidas dos Governos Federal e Estadual para estimular a manutenção dos empregos, o impacto ainda é muito significativo. São milhares de famílias catarinenses que estão sem fonte de renda”, analisa o diretor superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca.
Essa edição da pesquisa, já contempla o período em que o Governo flexibilizou a retomada de algumas atividades econômicas. Dessa forma, 34,57% dos entrevistados afirmaram que estão em atividade, mas com redução de produção. Já 26,5% estão em atividade com mudanças no funcionamento, 22,67% seguem fechadas aguardando liberação para funcionarem, 15,1% não tiveram mudanças na operação desde o início da crise, e 1,22% fecharam as portas e não voltam mais a funcionar. “Esse último número parece pequeno, mas representa cerca de 10 mil empresas que encerraram as suas atividades no Estado. É significativo se pensarmos que tantos empresários não tiveram outra alternativa e precisaram encerrar suas atividades em um único mês”, comenta o diretor técnico do Sebrae/SC, Luc Pinheiro.
As entidades que auxiliaram a realização da pesquisa foram: Associação Empresarial de Blumenau, AMPE de Blumenau, CDL Blumenau, Centro Empresarial de Chapecó, Associação Comercial e Industrial de Chapecó, CDL Chapecó, Associação Comercial e Industrial de Criciúma, CDL Criciúma, Prefeitura de Criciúma, CDL de Herval d´Oeste, AJORPEME, Acomac, CDL Joinville, ACIJ, Associação Empresarial de Lages, CDL Lages, Fiesc, Associação Empresarial de Tubarão, CDL Tubarão, Prefeitura de Tubarão, Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Videira, Aemflo e CDL de São José, Associação Comercial de São Miguel do Oeste, CDL de São Miguel do Oeste, AMPE de Itajaí, Associação Empresarial de Itajaí, CDL de Itajaí, CDL de Caçador, Associação Comercial de Caçador, AMPE de Caçador, Associação Comercial e Industrial de Florianópolis, CDL Florianópolis, Associação Comercial e Industrial do Oeste Catarinense, CDL Joaçaba, CDL Fraiburgo, Associação Empresarial de Fraiburgo, CDL Jaraguá do Sul, Associação Empresarial de Jaraguá do Sul, Apevi, CDL Florianópolis, Ampeco, ACIRP e Abrasel.
A pesquisa traz ainda o impacto da crise nas nove regiões de Santa Catarina.
No Oeste catarinense, 26% dos empresários afirmaram terem demitido ao menos um funcionário no último mês. Na primeira edição da pesquisa tinham sido 17%. Os números representam 64.813 pessoas sem emprego na região. Em relação ao faturamento, 89,2% dos entrevistados afirmaram uma queda de 50% no faturamento, resultando num total de R$ 1.5 bilhão.
Nesta edição da pesquisa, 37,94% dos empresários da Grande Florianópolisafirmaram terem demitido ao menos dois funcionários no último mês, contra 19,83% na primeira medição. O número total de pessoas que perderam o emprego é de 78.879, o maior entre todas as regiões do Estado. Em relação ao faturamento, 92,01% das empresas da região afirmaram terem tido uma queda no faturamento, cuja média é de 75,4%. O valor total é de R$ 1,8 bilhão.
Na Serra catarinense, 33,33% dos empresários afirmaram terem demitido ao menos dois funcionários no último mês, um aumento de dez pontos percentuais em relação à última medição. O total de pessoas demitidas na região é de 18.510. No faturamento, 91,67% dos empresários sofreram com uma queda média de 57%. A perda total na região é de R$ 429 milhões.
Fonte: Sebrae/SC