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67% das empresas vendem principalmente pelo WhatsApp, aponta pesquisa CNDL/SPC Brasil

Por: CNDL Brasil 13 de novembro de 2024

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que 67% das empresas do setor de comércio e serviços do país utilizam o WhatsApp como principal canal de venda das suas empresas. Em segundo lugar aparecem as redes sociais (57%), seguidas pelas lojas e escritórios (47%) e pelos sites (12%).

De acordo com os empresários, 41% investem em divulgação para vendas. Os canais pagos mais citados foram os anúncios pagos nas redes sociais – Instagram e Facebook (21%), panfletagem (13%), Google (11%), anúncios em marketplaces (4%), contratação de agência ou freelancer para elaboração de posts para as redes sociais (4%) e por último o email-marketing (4%). A média mensal gasta com divulgação é de R$ 880.

Nove em cada 10 entrevistados (93%) afirmam que existem desafios para o crescimento da empresa, sendo os motivos mais citados, a alta carga de impostos (49%), a tributação elevada da folha de pagamento (41%), a dificuldade para conseguir crédito (27%) e a segurança como problemas de assalto e violência (13%).

Já em relação às situações relacionadas a vida financeira no primeiro semestre deste ano, os empresários destacaram como positivas: o aumento das vendas no 1º semestre (49%), investimentos para o crescimento do negócio (42%) e construção de reserva financeira (36%). Por outro lado, houve situações difíceis, como cortes no orçamento (43%), muitos meses com as contas no vermelho (27%), inadimplência (18%) demissão de funcionários (14%) e nome sujo (4%).

44% dos empresários dizem que as condições da economia brasileira pioraram nos últimos 6 meses

Sete em cada 10 entrevistados (69%) estão confiantes ou muito confiantes quanto ao crescimento do negócio nos próximos 6 meses, enquanto 19% acreditam que vai continuar como está e 9% estão pessimistas ou muito pessimistas.

Mas quando se fala sobre a economia do país, 44% dos empresários afirmam que as condições pioraram ou pioraram muito nos últimos 6 meses. Para 27% não se alteraram e 26% melhoraram ou melhoraram muito.

Para 43% dos entrevistados as condições gerais da empresa não se alteraram nos últimos 6 meses, 35% consideram que melhoraram ou melhoraram muito e 21% afirmam que pioraram ou pioraram muito. Em relação à confiança com a economia brasileira nos próximos seis meses, 46% estão confiantes ou muito confiantes, 27% acreditam que permanecerá como está e 22% estão pessimistas ou muito pessimistas.

Quando questionados sobre as razões do otimismo com relação ao crescimento da empresa nos próximos 6 meses, 61% atribuem à dedicação e empenho, 40% citam que oferecem o melhor produto / serviço na sua região, 19% estão se profissionalizando para atender mais clientes e 18% a área de atuação da empresa está em expansão.

Um dado que chama atenção é de que 70% realizaram algum tipo de investimento na empresa nos últimos 6 meses que antecederam a pesquisa, sendo os principais a compra de equipamentos, maquinário, computadores etc. (22%), propaganda em meios digitais (22%) e ampliação do estoque (20%).

A pesquisa mostra ainda que 87% das empresas não demitiram funcionários nos últimos três meses deste ano. Entre os 13% que fizeram demissões, 62% demitiram um funcionário e 22% dois. Sendo a média de 1,6 colaboradores.

“O país passa por um momento positivo em relação ao mercado de trabalho, com a diminuição do desemprego e a melhoria da renda da população. A pesquisa mostra exatamente este cenário, com poucas demissões e boa parte das empresas investindo nos negócios”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Metade dos empresários julga difícil acesso ao crédito em instituições financeiras

O acesso ao crédito é um grande desafio para os empresários do Brasil. De acordo com a pesquisa, metade dos entrevistados (50%) julga ser difícil ou muito difícil tomar crédito em instituições financeiras para a empresa. Enquanto 32% consideram nem fácil nem difícil e somente 8% consideram fácil ou muito fácil.Em

relação à intenção de contratar crédito nos próximos 3 meses posteriores a realização da pesquisa, 64% dos gestores não pretendiam contratar crédito, já 21% não sabem e 12% têm esta intenção. Para a maioria, a finalidade do crédito é para formação de capital de giro (42%), seguido pela compra de estoques e/ou insumos (40%), compra de equipamentos, maquinários e computadores (33%) e qualificação da mão-de-obra (20%).

“O Brasil continua sendo um país de difícil acesso ao crédito principalmente para as empresas. Sem crédito, as empresas não conseguem investir no crescimento dos negócios e na capacitação dos funcionários’, afirma Costa.
Em relação a fazer investimentos nas empresas, 41% dos empresários não pretendiam investir nos próximos 3 meses, mas 33% pretendiam, enquanto 22% não sabiam.

Entre os que tinham intenção de investir, tais recursos seriam utilizados principalmente para ampliação do estoque (34%), compra de equipamentos (28%), mídia/propaganda (24%) e conseguir manter a empresa aberta (20%). A principal origem dos recursos que serão usados virá de capital próprio (31%). Já 21% citam empréstimos em bancos ou financeiras, 18% cartão de crédito pessoa física e 15% venda de algum bem.

METODOLOGIA

  • Público-alvo: Empresários brasileiros com empresas de todos os portes, dos setores de comércio varejista e serviços, de todas regiões do Brasil, das capitais e interior
  • Método de coleta: Coleta feita via CATI. Amostra: 562. Margem de erro: 4,1 p.p. Confiança: 95%
  • Data de coleta dos dados: Estudo realizado entre os dias 09 a 31 de Julho de 2024.

Sobre a CNDL – Criada em 1960, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de mais de 500 mil empresas, que juntas representam 9% do PIB brasileiro e 17% do PIB do setor, geram 7 milhões de empregos e movimentam R$ 600 bilhões por ano.

SPC Brasil – Há mais de 60 anos no mercado, o SPC Brasil é o maior bureau de crédito da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Possui 232 milhões de CPFs no seu banco de dados, 57 milhões de CNPJs cadastrados e 120 milhões de consultas por mês. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

Sobre a Offerwise – Há mais de 16 anos que a Offerwise vem abordando de maneiras inovadoras a pesquisa de mercado. Com um modelo único e próprio de recrutamento tem conseguido construir um dos principais painéis de pesquisa no mundo, evoluindo para uma empresa robusta de campo online com uso de tecnologia avançada. Detém o maior e mais representativo painel da América Latina e Hispânico nos EUA. Os escritórios ao redor do mundo estão compostos por profissionais de pesquisa de mercado que conhecem e compreendem suas culturas locais e também os consumidores que se deseja alcançar.

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Inadimplência cresce e atinge 68,11 milhões de consumidores em outubro, aponta CNDL/SPC Brasil

Por: CNDL Brasil 19 de novembro de 2024

O Indicador de Inadimplência realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,23%) estavam negativados em outubro de 2024, o que representa 68,11 milhões de consumidores. Em comparação com outubro de 2023, o percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 1,13 em outubro de 2024. Na passagem de setembro para outubro, o número de devedores cresceu 0,94.

A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em outubro deste ano ficou acima da observada no mês anterior.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES

“O novo aumento da inadimplência indica um aperto financeiro persistente, principalmente para os consumidores da faixa etária de 30 a 39 anos, onde se concentra a maior parte dos devedores. Com o aumento da taxa Selic e a previsão de novas altas nos juros, o custo do crédito deve ficar pior para financiamentos e empréstimos, afetando ainda mais os consumidores endividados, principalmente aqueles com dívidas bancárias. Esta é uma situação preocupante, já que a maior parte das dívidas em atraso se concentra no setor bancário, com crescimento de 4,16% nas dívidas dessa categoria”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR TEMPO DE ATRASO

O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 3 a 4 anos (25,28%).

O número de devedores com participação mais expressiva em outubro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,70%). De acordo com a estimativa, são 16,84 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, metade (49,56%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,21% mulheres e 48,79% homens.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR FAIXA ETÁRIA E SEXO

ESTIMATIVA DE INADIMPLENTES POR FAIXA ETÁRIA

CADA NEGATIVADO DEVE, EM MÉDIA, R$ 4.425,73. MAIOR PARTE DAS DÍVIDAS SÃO COM BANCOS

Em outubro de 2024, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.425,73 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,12 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR VALOR TOTAL DAS DÍVIDAS

Os dados ainda mostram que quase três em cada dez consumidores (30,93%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 44,74% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

Em outubro de 2024, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 2,28% em relação ao mesmo período de 2023. O dado observado em outubro deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de setembro para outubro, o número de dívidas apresentou alta de 1,59%.

NÚMERO DE DÍVIDAS EM ATRASO

Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 4,16%. Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Água e Luz (‐6,77%), Comércio (‐5,90%) e Comunicação (‐5,46%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

“Com a proximidade das festas de fim de ano, muitos consumidores enfrentam maiores despesas relacionadas a presentes, celebrações e viagens. Além disso, o início do ano traz encargos tradicionais, como matrículas escolares e impostos (IPTU, IPVA). Estas despesas, somadas a um cenário de crédito mais caro e alto endividamento, podem afetar ainda mais a inadimplência. A expectativa fica por conta da entrada de recursos na economia com os trabalhos temporários e o décimo terceiro salário. Dentro deste cenário é fundamental que o consumidor se planeje e priorize o pagamento das dívidas”, destaca o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

NÚMERO DE DÍVIDAS EM ATRASO POR SETOR CREDOR

Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 64,93% do total. Na sequência, aparece Comércio (10,51%), o setor de Água e Luz com 10,38% e Outros com 8,22% do total de dívidas.

Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (6,44%), seguida pelo Nordeste (2,46%), Sudeste (1,19%) e Norte (0,25%). Por outro lado, o Sul (‐1,68%) mostrou queda no número de dívidas na comparação anual.

Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes está na região Centro‐Oeste, onde 44,54% da população adulta está incluída em cadastros de devedores. Por outro lado, na região Sul, a proporção de negativados equivale a 36,66% da população adulta.

Para todos os indicadores, considera-se que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Ou seja, mesmo que um devedor tenha quatro registros de um mesmo credor, assume-se que esse consumidor tem apenas uma dívida.

Sobre a CNDL – Criada em 1960, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de mais de 500 mil empresas, que juntas representam 9% do PIB brasileiro e 17% do PIB do setor, geram 7 milhões de empregos e movimentam R$ 600 bilhões por ano.

SPC Brasil – Há mais de 60 anos no mercado, o SPC Brasil é um dos mais tradicionais bureaux de crédito da América Latina, com uma robusta base de dados com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Possui 232 milhões de CPFs no seu banco de dados, 57 milhões de CNPJs cadastrados e 120 milhões de consultas por mês. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

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